Dia desses, ao sair do trabalho, lembrei que não faria nada no período noturno. Pensava apenas em chegar em casa. Pois bem, tantos caminhos a se fazer, decidi-me por me encontrar um velho amigo, segui feliz meu caminho até vê-lo.
Ah amigo, só tu sabes quantas histórias passamos juntos, tantos amores, tantos pensamentos, tantas estórias. Os bares viravam tavernas, os bairros tornavam-se vilas e os prédio, árvores. As pessoas eram apenas viandantes.
Ah amigo, se tu soubesses a falta que me causa, precisava respirar teus ares novamente. Não sinta-se velho, apesar de tua aparência, não o trocaria pelos outros, tu, és, ainda imponente perante outrem. Teu vermelho mostra toda sua bravura, que me leva a casa. E bom, tornou-se mais constante na minha nos primórdios de tempos atuais, porém, por um contratempo, findou-se nossos encontros, mas, prometo-lhe, que sempre que possível, irei ao teu encontro.
terça-feira, 29 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Sem título
Existem os homens bons, e os que são como eu, que, (in)felizmente, nunca tive o (des)prazer de conhecer.
Os homens bons amam quando estão apaixonados, choram quando têm de chorar, (sor)riem quando estão felizes e sofrem quando algo ruim acontece.
E os homens como eu, sofrem quando estão apaixonados, porque sabem que decepcionarão o ser amado; sofrem quando têm de chorar, pois lágrimas não caem de seus olhos; sofrem quando estão felizes, pelo fato de ser um (sor)riso falso e sofrem quando algo ruim acomete-lhes, porque isso é o que acontece a todos.
Os homens bons amam quando estão apaixonados, choram quando têm de chorar, (sor)riem quando estão felizes e sofrem quando algo ruim acontece.
E os homens como eu, sofrem quando estão apaixonados, porque sabem que decepcionarão o ser amado; sofrem quando têm de chorar, pois lágrimas não caem de seus olhos; sofrem quando estão felizes, pelo fato de ser um (sor)riso falso e sofrem quando algo ruim acomete-lhes, porque isso é o que acontece a todos.
sábado, 5 de maio de 2012
Ph.D
PhD em decepção. Decepcionava a tudo e a todos com maestria. O fazia como arte, de tão natural, parecia um dom divino.
- Diga-me um defeito teu.
- Sou bom em decepcionar. Melhor. Sou ótimo nessa arte!
Decepcionava tanto que a própria Decepção decepcionou-se com ele.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Diário de bordo, dia 8.619
Ah Lua, companheira dos navegantes solitários, ah Lua, se tu soubesses. Se apenas tu soubesses como dói. E ainda a reflete. Ah Lua, tu me fazes chorar, e é bom. Queria que a máxima "em cada porto, um amor" fosse real. Nesse mar de lágrimas, o único amor que possuo é o teu, Lua, e o dela. Se ela soubesse que a amo.
Ah Lua, tu tens aos navegantes perdidos, aos marujos nos portos, as moças de boa família, e as estrelas, que dançam e cantam, enquanto tu refletes o rosto do ser amado de cada um. Ah Lua, tão minha, tão minha. Minha Beatriz. Guia-me até o porto que ela reside, para que não tenha mais que velejar, e tornar esse mar infindável, infinito. Eu queria morrer, porém, não a teria nem a ti, Lua. Essa é uma das duas coisas ruins de morrer. A outra, só morremos uma vez. Ao morrer, não há dor, problemas, e outras maleficidades. Não há nada. Ah Lua, conta pra mim, por favor, onde minha Beatriz está.
Ah Lua, tu tens aos navegantes perdidos, aos marujos nos portos, as moças de boa família, e as estrelas, que dançam e cantam, enquanto tu refletes o rosto do ser amado de cada um. Ah Lua, tão minha, tão minha. Minha Beatriz. Guia-me até o porto que ela reside, para que não tenha mais que velejar, e tornar esse mar infindável, infinito. Eu queria morrer, porém, não a teria nem a ti, Lua. Essa é uma das duas coisas ruins de morrer. A outra, só morremos uma vez. Ao morrer, não há dor, problemas, e outras maleficidades. Não há nada. Ah Lua, conta pra mim, por favor, onde minha Beatriz está.
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