terça-feira, 1 de maio de 2012

Diário de bordo, dia 8.619

Ah Lua, companheira dos navegantes solitários, ah Lua, se tu soubesses. Se apenas tu soubesses como dói. E ainda a reflete. Ah Lua, tu me fazes chorar, e é bom. Queria que a máxima "em cada porto, um amor" fosse real. Nesse mar de lágrimas, o único amor que possuo é o teu, Lua, e o dela. Se ela soubesse que a amo.
Ah Lua, tu tens aos navegantes perdidos, aos marujos nos portos, as moças de boa família, e as estrelas, que dançam e cantam, enquanto tu refletes o rosto do ser amado de cada um. Ah Lua, tão minha, tão minha. Minha Beatriz. Guia-me até o porto que ela reside, para que não tenha mais que velejar, e tornar esse mar infindável, infinito. Eu queria morrer, porém, não a teria nem a ti, Lua. Essa é uma das duas coisas ruins de morrer. A outra, só morremos uma vez. Ao morrer, não há dor, problemas, e outras maleficidades. Não há nada. Ah Lua, conta pra mim, por favor, onde minha Beatriz está.

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