quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Cinebiografia de memórias

18 de novembro. Aniversário dela. Não sei se devo falar. Não sei o que fazer. Queria dialogar, porém sei que iremos brigar. Não quero me estressar novamente. Queria estar com ela. Queria abraçá-la, beijá-la, estar na companhia daquilo que me faz bem. Procuro um cigarro. Pego um copo e bebida. Nada mais tem efeito. Nem o diazepam. Nem a nortriptilina. Nem o citalopram. Vou deitar. Sua imagem passa e repassa na cabeça como filmes ruins passam na sessão da tarde. Como um filme que eu não quero ver. Como um filme que eu já sei o final. Como um filme que sempre me faz chorar. As horas passam. As memórias ficam mais nítidas. O rosto, mais molhado. A insônia me toma por completo. Penso em morrer. Não vai adiantar. Não vai melhorar. Nada vai melhorar. Durmo. Acordo. Lamento mais um dia em que não dormi pela última vez.

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