quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Cena dos últimos meses

Os dias parecem serem sempre os mesmos. As mesmas dores e angústias num loop infinito. As horas parecem não passar. O corpo não descansa. As olheiras denunciam as poucas, quando alguma, hora de sono. Não tem remédio. Não tem cigarro. Não tem bebida. Não tem nada além de medo. O tédio impera num reino extenso que cobre todo o corpo e o espaço onde o corpo está. Às vezes, afeto faz falta. Às vezes, as ilusões traem as percepções, proporcionando algum prazer - efêmero. Às vezes, a chuva. Às vezes, o choro. Mas só em doses homeopáticas.

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