domingo, 29 de maio de 2011

Um beijo, um trago e algum afago

Tanto a sentir, nada a dizer. E eu só quero te dizer "eu te amo". E é difícil. Porra.
Vou ao bar, peço um café. Tomo. Peço outro. Esse vem quente. Queimo a língua. Arde. Caralho, como arde.
É, eu tenho tanto a lhe dizer, e não sai nada quando te vejo. Só consigo sorrir. Porra, eu preciso te dizer algo que não seja "oi, tudo bem?".
Eu volto pra casa. Procuro um cigarro. Continuo procurando. Acho uma foto tua perdida num meio de bebidas. Continuo procurando. Lembro que não fumo. Há 3 anos. Porra, eu só quero um cigarro e nem isso eu tenho. É, talvez eu mereça tudo isso que passo.
Eu saio. A vejo. Tão bela. Cabelos compridos, olhos negros, pele clara. É uma branca de neve, sem princípe encantado. Eu: cabelo médio, olhos castanho-esverdeados, pele clara. Dizem que sou bonito, talvez seja, mesmo não acreditando. Sou um cavaleiro errante.
Volto pra casa pra não me decepcionar mais. Ponho uma dose de whisky. Tomo num gole só. Faz frio. Eu olho tua foto. Desvio o olhar, o gato está miando pra tv. O cachorro uiva pra lua. Eu olho ambos. Ambos fazem o que fazem como se o que observam pudesse entendê-los e dizem que estão amando-os. Eu olho pra você, pela janela, do lado do cachorro. Eu falo "eu te amo", como se você fosse ouvir e entender o que eu digo.

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